segunda-feira, 25 de maio de 2009

1867, 10 de Novembro

1867, 10 de Novembro
Gazeta de Portugal
(transcrito de “Livro do Centenário de Eça de Queiroz” Edições Dois Mundos, Lisboa, Rio de Janeiro, 1945, Pag 661)

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Da pintura em Portugal
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Na época gloriosa da renascença não se conhecia a paisagem ; era ela simplesmente, uma decoração, um fundo onde se perdia a degradação da luz. A arte é a verdade natural da alma e do corpo, sem a influência da vida real. A natureza é verdadeira por si, existe na pureza da sua fôrça e apenas pode ser copiada radiosamente. Mas em questões de cópia, a fotografia é sempre preferível à pintura, pelo realismo correcto e pela verdade geométrica. A idealização de natureza, ou como vegetação, ou como atmosfera, ou como água, seria uma transformação grotesca. Demais, o processo do colorido não pode reproduzir tôda a côr vital, animada, luminosa, da natureza orgânica.
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