sexta-feira, 17 de abril de 2009

1863, 10 de Março - A VOZ DA MOCIDADE

1863
10 de Março
A VOZ DA MOCIDADE
Nº. 6
Pag. 3
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A PHOTOGRAPHIA

No tubo de cobre (A) existe uma lente convergente achromatica, que se move por meio d’uma roda dentada, tendo no centro uma haste metálica terminada em um botão (D) o qual se move com a mão. A parede oposta ao objectivo, ou a lente acima mencionada, é formada por um vidro translúcido, fixo fixo na moldura (E), que se pode elevar ou abaixar.
Polimento das laminas metálicas. A lamina empregada no processo de Daguerre é formada por uma chapa de cobre, revestida d’uma camada muito ténue de prata antes de se lhe fixar a imagem, passa por três operações: a brunidura da camada de prata, a fixação da camada sensível e a sua exposição na câmara escura.
A brunidura effectua-se esfregando a lamina com uma rolha d’algodão impregnada em álcool e pulvilhada com Tripoli. Repete-se esta operação duas ou três vezes, havendo o cuidado de empregar uma nova rolha, apenas a primeira se revista d’uma película metálica. Finaliza-se esta operação esfregando a lamina com vermelhão. Depois de se obter polida a chapa expõe-se aos vapores de iode contido n’uma caixa rectangular de madeira ligeiramente aquecida por espaço de dois minutos, que reagindo sobre a prata da chapa a transforma em iodureto de prata em pó. Conhece-se que a operação está concluída, quando esta toma uma cor amarella de ouro, e começa a passar para vermelho nos bordos. A lamina está então propta, para receber a acção da luz, mas unicamente para tirar paisagens ou copias. Não podia aunda ser empregada para tirar retratos porque lhe seriam precisos 8 ou 10 minutos para ser convenientemente impressionada.
Falta pois submettel-a á acção de substancias acceleratrizes.

(Continua.)
H. S. MAGALHAES

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