sexta-feira, 17 de abril de 2009

1863, 7 de Março - A VOZ DA MOCIDADE

1863
7 de Março
A VOZ DA MOCIDADE
Nº. 5
Pag. 3
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A PHOTOGRAPHIA

Camara escura com prisma. Este instrumento, que se deve a M. Ch. Chevalier, consta d’um estojo de cobre (A) contendo um prisma (P) (fig. 4) ([i]), que substitue a lente convergente e o espelho na câmara escura já descripta, por isso a face (E F) do prisma voltada para o objecto é algum tanto convexa, a face (E G) concava.
A (fig. 4) mostra como os raios emittidos por um objecto (A B) depois de terem penetrado no prisma e experimentado sobre a superfice (E G) a refracção total, sahem pela face (F G) com o grau de convergência: necessário para formar em (b a) uma imagem real de (A B).
Em uma folha de papel collocada sobre uma taboa horisontal (fig. 3) ([ii]) correspondente ao foco do prisma contido no estojo de cobre, se vai desenhar a imagem de todos os objectos, que lhe enviaram raios luminosos.
O desenhista coberto por um panno negro, que envolve o instrumento, fica em completa obscuridade. A taboa eleva-se mais ou menos e os pés podem dobrar-se por meio de charneiras.
Machina photografica. A machina que julgamos preferível na pratica, consta d’um caixilho, na qual se colloca o objecto em que se quer receber a imagem, a superfície que está sensibillisada está coberta por uma espécie de corrediça de madeira, que se póde elevar e abaixar livremente, e a outra por um postigo com uma charneira, o qual a mantem fixa. Esta peça introduz-se n’uma câmara escura, que está representada pela (fig. 5) ([iii]). Consta d’uma parte fixa (C) e d’uma parte movel (B).

(Continua.)
H. S. MAGALHAES
([i]) idem.
([ii]) idem.
([iii]) idem.

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