domingo, 12 de abril de 2009

1863, 14 de Abril - A VOZ DA MOCIDADE

1863
14 de Abril
A VOZ DA MOCIDADE
Nº. 19
Pag. 2, 3
*
A PHOTOGRAPHIA

Quando depois de se haver lavado o papel negativo ao sahir do banho d’acido gallico, se lhe notar manchas d’oxido de prata, devem-se fazer desaparecer, passando-lhe por cima um pincel imbebido d’acido acético puro.
FIXAÇÃO DA PROVA NEGATIVA. Existe na prova, cyano-fluoro, iodureto de prata, gallato de prata e prata carbonisada: mergulha-se n’um banho constituído por hyposulphite de soda, enchendo a oitava parte d’um centímetro d’altura d’uma bacia, e por agoa destillada, enchendo até 5 millimetros da altura da mesma; o hypusulphite apodera-se do cyano-fluoro-iodureto de prata em liberdade, e não ataca o gallato de prata e a prata catbonisada. Quando o iodureto está repartido, o papel ganha alvura e transparência; os escuros sahem bons e fortes. É necessário para os papeis ordinários, pouco mais de meia hora; os papeis encerados são fixos no intervallo de 10 a 15 minutos; a prova tendo sido levada muitas vezes, põe-se n’uma bacia, com agua destillada, para a desembaraçar completamente do hyposulphite. Ao fim d’uma hora, secca-se a prova negativa, entre duas folhas de papel mata-borrão. Se a prova conservasse um aspecto amarellado proveniente do iodureto de prata depositado na massa do papel, seria preciso tornal-a a metter no banho e laval-a novamente.
Val mais prolongar o banho e as lavagens que deixar de extrair os saes de prata, cuja presença prejudicaria a tiragem das positivas e alteraria a negativa não limpa pela hyposulphite. Torna-se então a meter o negativo amarelado no banho, ainda mesmo no caso já ter servido a tirar muitos exemplares.

(Continua.)
H. S. MAGALHAES

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