domingo, 12 de abril de 2009

1863, 18 de Abril - A VOZ DA MOCIDADE

1863
18 de Abril
A VOZ DA MOCIDADE
Nº. 21
Pag. 1, 2
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PHOTOGRAPHIA

VIA HUMIDA. O papel pode ser encerado e iodurado como pela via secca; comtudo é melhor enceral-o depois; emprega-se ao sair do banho d’azotato de prata: é então necessário não o lavar nem o deixar seccar; extrahe-se somente o liquido em excesso, applicando-lhe com todo o cuidado sobre a superfície sensibilizada um papelpardo. O papel photographico ainda húmido, posto n’um caixilho coberto com um papel mata-borrão imbebido em agua destillada, leva-se á câmara escura. Não deve existir nenhuma bolha d’ar tanto na superfície do liquido como entre a folha e o papel pardo.
Depois d’uma curta exposição, cujo tempo é determinado pelas circumstancias de luz, e calor, etc, faz-se sahir a imagem n’um banho d’acido gallico sem acetonitrato, contendo já o papel a dose necessária.
Este banho dura pouco tempo.
Lava-se e fixa-se então a prova como já dissemos para o papel encerado secco.
Pela via humida, o papel sendo encerado depois das outras operações, toma-se uma folha mais forte.
Depois de se ter assegurado o avesso não assetinado, mergulha-se a outra superfície n’um banho de iodureto, de maneira que não forme bolhas d’ar e não deixe chegar o liquido ao verso do papel.
Quando o papel está secco applica-se a face iodurada sobre o acetonitrato de prata durante alguns segundos, e a folha sendo disposta entre papel mata-borrão, continua-se pelo processo que até aqui temos usado.
M. Humbert de Molard pretende dar mais sensibilidade ao papel compondo assim os banhos:

Iodureto d’ammoniaco.........................20 gram.
Agoa destillada.........................50 centimt. cubicos

O papel estando secco, mergulha-se a face iodurada n’um outro banho cuja formula é a seguinte:

Azotato de prata............................16 gr.
Azotato de zinco...............................8 “
Acido acético.....................................8 “
Agua destilada............................250 centimt. cubicos

(Continua.)

H. S. MAGALHAES

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