sexta-feira, 17 de abril de 2009

1863, 14 de Março - A VOZ DA MOCIDADE

1863
14 de Março
A VOZ DA MOCIDADE
Nº. 8
Pag. 3, 4
*
A PHOTOGRAPHIA

Querendo-se obter um retracto, colloca-se o individuo que se quer retractar, 4 ou 5 metros distante do objectivo, tira-se a parte móvel (B) da machina photographica mais ou menos, até que a imagem, que se pinta invertida se produza com clareza, o que tem logar, apenas o vidro translúcido coincide com o foco do objectivo. Acaba-se de expor a imagem no foco por meio do botão (D) que faz afastar ou aproximar o objectivo. Como o foco seja a parte mais clara, occupando uma pequena extensão, que é a mais clara, e toda a circumferencia successivamente vae enegressendo, deve dispor-se o aparelho de maneira que os olhos da imagem estejam exactamente no foco, afim do rosto occupar a parte mais clara.
Evitando qualquer balanço na machina, substitue-se o vidro translúcido pelo caixilho com a lamina metálica e levanta-se o quadrado (E); elevando finalmente a corrediça de madeira, que tapa a superfície preparada da face prateada, a imagem que se formava sobre o vidro, passa a desenhar-se sobre a lamina. A luz produz então o seu misterioso effeito, sem que se veja um só traço da imagem.
O tempo que se deve demorar a lamina á acção da luz, varia com o objectivo, com a preparação da camada sensível e com a intensidade da luz; pode ser de 8 a 50 segundos. Se a exosição á luz, da lamina tem sido muito prolongada, a prova sahirá branca; sahirá pelo contrario negra, se a exposição for muito curta.
Logo que seja tempo de suspender a acção da luz, abaixa-se a corrediça de madeira, e tira-se o caixilho com a lamina em completa obscuridade, aliaz o que se consegue tendo todo o cuidado em tapar qualquer orifício no caixilho; porque no caso contrario destruir-se-hia o effeito anteriormente recebido.

(Continua.)
H. S. MAGALHAES

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